Conta-nos uma história - Podcast na educação

Já estão disponíveis as 687 histórias produzidas pelos alunos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, realizadas no âmbito do concurso "Conta-nos uma história" - Podcast na Educação – 2ª edição. 

A histórias, em formato áudio e vídeo, encontram-se em http://historias2010.dgidc.min-edu.pt/Parabéns a todos os participantes, em especial aos alunos dos professores:

Ângela Rocha (EB1/JI de São Lázaro): História "O peixe" de A Fada Oriana

Maria Clara Canavarro (EB1/JI de Ponte Pedrinha): A raposa e o bode

Rosa Faria (EB1/JI de Ponte Pedrinha): Os sete cabritinhos e o lobo

Domingos Costa (EB1/JI de São Lázaro): A Galinha Verde

M.ª Fátima Rodrigues (EB1/JI de São Lázaro): O Sapo e um dia muito especial

Martinha Martins (EB1/JI de São Lázaro): O Sapo encontra um amigo

Alexandrina Carvalho (EB1/JI de Ponte Pedrinha): A revolução das personagens

Isabel Pereira (EB1/JI de São Lázaro): O Sapo e o estranho

M.ª Lurdes Fontes: O feitiço da birra

Conceição Faria (EB1/JI de São Lázaro): Querida Avó

M.ª Fátima Machado (EB1/JI de Ponte Pedrinha): Os Primos e a Bruxa Cartuxa

M.ª da Luz Sousa (EB1/JI de Ponte Pedrinha): Valentim Apaixonado

Celina Guimarães (EB1 do Carandá): O que o pequeno coelho ouviu

Lina Silva (EB1/JI do Fujacal) : A Gotinha de Água

Sérgio Teixeira (EB1 do Carandá) : Os cinco amigos

Olímpia Alves (EB1 do Carandá): O Rato Renato

Rosa Pinheiro (EB1 do Carandá): Queridos Livros

Paula Sobrinho (EB1 do Carandá): A maior flor do mundo

Adelaide Padrão (EB1 do Carandá): Ninguém dá prendas ao Pai Natal

Carla Monteiro  (EB1/JI de São Lázaro): A viagem da gotinha de água

Luzia Rodrigues (EB1/JI de Ponte Pedrinha): O Cuquedo

Maria Miguel (EB1/JI do Fujacal): Meninos de todas as cores

Isabel Portela (EB1/JI do Fujacal): A casinha de chocolate

Teresa Faria (EB1 do Carandá): O Galo Miró e o Sol Apaixonado

Raquel Silvestre (EB1/JI do Fujacal): A lenda de Arlequim

Elisabete Castro (EB1 do Carandá): O Mundo às voltas

Parabéns, Fernando Pessoa!

Se, depois de eu morrer...

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem setimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso fui o único poeta da Natureza.

                                         Alberto Caeiro

Poema

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são 
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).

           Álvaro de Campos
Autopsicografia
   
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.

          Fernando Pessoa



Segue o teu destino

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

               Ricardo Reis

Dia de Portugal, Camões e das Comunidades

Portugal, tão diferente de seu ser primeiro


Os reinos e os impérios poderosos, 
Que em grandeza no mundo mais cresceram, 
Ou por valor de esforço floresceram, 
Ou por varões nas letras espantosos. 

Teve Grécia Temístocles; famosos, 
Os Cipiões a Roma engrandeceram; 
Doze Pares a França glória deram; 
Cides a Espanha, e Laras belicosos. 

Ao nosso Portugal, que agora vemos 
Tão diferente de seu ser primeiro, 
Os vossos deram honra e liberdade. 

E em vós, grão sucessor e novo herdeiro 
Do Braganção estado, há mil extremos 
Iguais ao sangue e mores que a idade. 


Camões

Na Biblioteca também se canta! E dança!

Os encarregados de educação dos meninos da turma 1.º B trouxeram um Grupo de Cantares Tradicionais até à Escola EB1 do Carandá, para que os alunos pudessem ensaiar algumas danças de roda, ao som das já famosas "Indo eu, indo eu...", "A machadinha", "A marcha de S. João" e "Ponha aqui o seu pezinho".

O Grupo tocou na Biblioteca, mostrou os seus instrumentos tão nossos, tão portugueses (cavaquinhos, a viola braguesa, o tradicional bombo) e esclareceu todas as dúvidas à criançada, com muita simpatia!

Ora vejam e ouçam lá como foi divertido!

Grupo de cantares tradicionais actuam na Biblioteca para o 1.º B

Dia Mundial da Criança

No Dia Mundial da Criança, professores e alunos pintaram um mural dedicado a todos os alunos da EB1 do Carandá!

Ora vejam que espectáculo!