quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Contar as Janeiras - 4.º B

Na passada sexta-feira, dia 20 de janeiro, a turma 4.º B foi até à Biblioteca da EB 2, 3 André Soares partcipar na atividade Contar as Janeiras, partilhando a sua história coletiva, intitulada "Um Natal tropical" com uma simpática turma de 5.º ano que também partilhou uma mão cheia de contos! Foi uma manhã especial para o 4.ºB. Vejam como estão todos contentes e orgulhosos a partilhar o seu trabalho!



Queres conhecer a história escrita pelo 4.º B?! Que curioso! Aqui a tens!

Um Natal Tropical

Triiiiiiiiiiiim!
O toque para a saída soou bem alto e nós corremos felizes para junto dos nossos pais, dizendo:
- Acabou a escola!
Viva!
Chegaram as férias grandes!
Naquele preciso momento e, embora estivéssemos no mês de junho, passava no céu o Pai Natal no seu trenó puxado pelas renas e com ele viajavam a Mãe Natal e alguns duendes.
O Pai Natal observou a nossa alegria com a chegada das férias e teve uma ideia brilhante: pedir-nos ajuda para ensinar as renas mais novas a aprender a voar e a descer nos telhados e para ensinar mais duendes a construir brinquedos e a embrulhá-los para as crianças do mundo inteiro! Aterrou, então, o seu trenó no meio do campo de futebol da nossa escola, para procurar a nossa professora e pedir-lhe ajuda para nos convencer a ajudá-lo naquele verão.
Encontrou a professora Olímpia na sala de aula, sozinha, a arrumar alguns papéis. A professora ficou espantadíssima quando viu o Pai Natal e a Mãe Natal a entrar na sala…É que aquele Pai Natal era um bocadinho estranho: além de ser bastante magro e alto, não tinha barba, vestia uns calções e uma camisola azuis e a sua pele estava muito bronzeada!
O Pai Natal explicou-lhe a sua intenção e a professora adorou a ideia de sermos voluntários numa causa tão nobre: ajudar o Pai Natal era uma honra para qualquer criança!
- Vamos lá, Pai Natal! Vamos falar com a criançada, tenho a certeza que eles vão adorar conhecê-lo e ajudá-lo!
E assim foi: todos nós concordamos em ajudar o Pai Natal, mas também queríamos gozar as férias, aproveitar o calor e a praia…Ir para o gelo do Pólo Norte, no verão, não nos agradava muito… O Pai Natal soltou uma gargalhada quando ouviu a nossa preocupação e nós ficamos espantados: aquela não era a gargalhada do Pai Natal!
- Hi! Hi! Hi! Hi! Hi! Hi! Isso não é problema! Eu não vivo no Pólo Norte! Aquele frio estava a dar-me cabo dos ossos! Eu mudei-me para o Havai! Podem ir ajudar-me que não vão faltar praias, calor e muitas ondas!
- Combinado!
Combinado!
O Pai Natal ao ouvir aquilo ficou verdadeiramente feliz, por poder ter a nossa ajuda. Assim, com mais renas e mais duendes a trabalhar, ele poderia distribuir mais prendas e em menos tempo!
Contamos todos os dias, todas as horas até chegar o mês de agosto e, finalmente, chegou o dia que todos esperávamos. Na viagem até ao Havai, no avião privado que o Pai Natal tinha enviado, estávamos muito ansiosos, fazíamos comentários sobre como seriam aquelas férias, na escola do Pai Natal. E, finalmente, chegámos. Estavam 40 graus, à sombra das palmeiras e nós não aguentávamos de curiosidade para saber como é que o Pai Natal aguentava o calor!
 Quando as portas da escola se abriram, a Mãe Natal deu-nos as boas-vindas:
- Sejam bem-vindos, meninos! Chegaram ao sítio que todas as crianças gostavam de conhecer, de visitar!
A escola era o máximo: tudo brilhava, era tudo encantador e todos sorriam de felicidade e de espanto perante tanta beleza e nenhum de nós se esquecia da razão de estarmos ali: ajudar o Pai Natal!
Pegámos nos skates, nos patins, nas bicicletas, nas trotinetes e fomos à praia ter com o Pai Natal, que andava a surfar, enquanto os duendes e as renas construíam castelos na areia. Quando nos viram, pararam a brincadeira e contaram-nos algumas novidades. A primeira a falar foi a rena Rodolfo:
- Meninos, ainda bem que já chegaram! Temos uma má notícia: este calor deu cabo dos miolos ao nosso querido Pai Natal e ele trocou as lições: ensinou-nos a nós a construir brinquedos e ensinou os duendes a voar! Foi como se tivesse apanhado um choque elétrico!
Um duende aproxima-se e desabafa:
- Nós não conseguimos voar! Temos muitas tonturas e enjoamos muito!
O Pai Natal tinha feito asneira: ensinou as renas a construir e a embrulhar os brinquedos e os duendes a voar…Era tudo uma grande dificuldade: as renas, com as suas longas patas, não conseguiam nem fazer nem embrulhar as prendas e os duendes tinham  medo das alturas, enjoavam lá no alto, não conseguiam mesmo voar…
Entretanto, o Pai Natal saiu do mar com a sua prancha de surf  debaixo do braço e não perdemos tempo a explicar-lhe a ideia genial que tivemos!
- Pai Natal! Pai Natal! Temos uma ideia para o ajudar a resolver este problema!
- Ai sim? Ora contem lá…mas antes vamos para a sombra que vocês não puseram protetor…
- Pai Natal, podia dar descanso às suas renas e investir numas motos para distribuir as prendas. Cada rena aprendia a conduzir e ficava encarregue de entregar os presentes. E podíamos dar umas aulas de TIC aos duendes e eles encomendavam todas as prendas na Internet!
O Pai Natal pareceu gostar da ideia, mas, de repente, coçou a cabeça e pareceu preocupado.
  - Falar é fácil! Fazer…pode ser difícil! E eu? O que vou fazer eu? Se as renas entregarem as prendas eu já não preciso ir com elas e descer pela chaminé. As crianças vão ficar desiludidas…se eu não for!
Nós também já tínhamos pensado nesse problema:
- O Pai Natal continua a passar em casa de todas as crianças, mas com mais tempo para beber o leite e comer as bolachinhas, com cada criança.
 - Tem razão! Vamos tratar de comprar as motas e os computadores!
Naquele verão trabalhámos muito: com a ajuda do pó mágico as renas conduziam muito bem as motas, não fossem elas renas mágicas e os duendes aprenderam a navegar na Internet, sempre em segurança, conseguiram arranjar todas as prendas pedidas pelas crianças. Todos os dias de manhã íamos ter com o Pai Natal para o ajudar. Cada um de nós tinha uma rena ou um duende para ajudar a fazer as tarefas e em poucas semanas ficou tudo preparado!
O Pai Natal até arranjou tempo para descansar e namorar: foi passar uns dias com a Mãe Natal a Los Angeles e Hollywood. Ele agradeceu-nos muito e deu-nos um abraço muito especial.
Para nós, também foram umas férias grandes muito especiais: esquecemos todo o mal que há neste mundo porque ajudámos o nosso próximo e isso encheu-nos o coração de alegria. Sentimo-nos como um verdadeiro Pai Natal! Será que existe melhor que isto?
            Para nós, o Natal foi em agosto, foi um Natal tropical!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Contar as Janeiras - 4.º A

Na sexta feira, dia 20 de janeiro, a turma 4.º A foi com a sua professora, Silvina, e a professora bibliotecária da EB1 do Carandá até à Biblioteca da EB 2,3 André Soares, onde foram muito bem recebidos pela coordenadora da Biblioteca, a professora Regina Campos. Visitaram a Biblioteca enquanto uma turma de 5.º ano não chegava ao espaço da Biblioteca, pois era com esta turma que iam partilhar uma história de Natal, criada coletivamente. 
A partilha de histórias foi muito rica e todos gostaram das histórias, escritas pelos alunos. Estão todos de parabéns!
Foi uma tarde muito divertida e enriquecedora!




sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Reisadas

Cantiga dos Reis

Santos Reis, santos coroados
Vinde ver quem vos coroou
Foi a virgem, mãe sagrada,
Quando por aqui passou.

O caminho era torto
Uma estrela vos guiou
Em cima de uma cabana
Essa estrela se pousou.

A cabana era pequena
Não cabiam todos três;
Adoraram Deus-Menino
Cada um por sua vez.

Cantiga Popular de Barcelos, 
recolhida por Luísa Miranda

http://monicarretero.blogspot.com/





















Os Reis Magos

São três e chegam de longe
com um sonho na bagagem:
querem estar com o menino
antes que finde a viagem.

São magos do Oriente,
mas não são magos de rua;
acreditam nos cometas,
nas estrelas e na lua.

São os magos viajantes
que resistem à fadiga,
seguindo o rasto de luz
de uma estrela que é amiga.

São os Reis Magos que chegam
das mais remotas paragens
com ouro, incenso e mirra
que trazem de outras viagens.

São os Reis Magos felizes,
joelho assente na terra,
com um voto e uma prece:
“Menino, põe fim à guerra.”

Gaspar, Baltazar e Belchior
pedem à estrela brilhante:
“Dá nome a este menino
antes que o galo cante.”

Viemos aqui nesta noite
com um desejo profundo:
queremos ver o menino
que vem dar esperança ao mundo.

José Jorge Letria, O Livro do Natal

Randy Bish
















Os Reis

São chegados os três reis
Lá das partes do Oriente,
A visitar o Menino
Santo Deus omnipotente.

Guiados por uma estrela,
Vieram ter a Belém
Onde estava o Rei do Mundo,
Que nasceu p’ra nosso bem.

A estrela se escondeu
Por trás de uma estrebaria;
Dentro estava o Deus Menino
E mais a Virgem Maria.

O curral era pequeno,
Não cabiam todos três:
Adoraram o Menino
Cada um por sua vez.

Ouro, mirra e incenso
Todos três lhe ofereceram;
Aos pés da Virgem Maria
As ofertas estenderam.

Pondo os joelhos em terra,
Adoraram a Jesus,
Filho de Deus encarnado,
Que é toda a nossa luz.

Santos reis, santos coroados,
Foi Jesus que vos coroou,
Jesus que, p’ra nos salvar,
Deus ao mundo enviou.

Nesta noite tão feliz
Cantemos com alegria:
Já nasceu o Rei da Glória,
Filho da Virgem Maria.

Poema Popular

Oxana Zaika





















Os três reis do Oriente


Eram três reis do Oriente
E partiram mundo além,
À procura do Menino
No presépio de Belém!
Foram chamadas em sonho
Por um sagrado destino:
Guiados por uma estrela,
Lá foram dar com o Menino!

À entrada de Belém,
Logo a estrela se escondeu
Por detrás dessa cabana
Onde o Menino nasceu!
A cabana era pequena,
Não cabiam todos três,
Tiveram de ir adorá-Lo
Cada um por sua vez!

Os presentes que levaram
Mirra, incenso e muito ouro,
Eram p´ra que Ele ficasse
Dono de grande tesouro!
Puro engano, já se vê,
Desses reis orientais...
Pois p´ra Ele um bom tesouro
É o Amor… e pouco mais!

Alexandre Parafita, 
Histórias de Natal Contadas em Verso

http://www.linstudio.com/























Adoração dos Magos


Pelas veredas do deserto,
seguem, rumo a Belém,
Gaspar e Baltazar, mais perto,
Belchior, um pouco além.
A estrela que, na noite escura,
só eles vêem brilhar,
nesse instante de ventura,
que os protege ao caminhar.

Pelo céu da Galileia,
vigiam anjos cantando
loas divinas que, à ceia,
os antigos vão recordando.

Em baús, trazem presentes
que, conforme a tradição,
doaram reis, e descendentes,
aos de cada geração.

Ouro, incenso, do melhor,
que possuíam guardados;
mirra, pois, que p’ró merecedor
só os mais recomendados.

Pelas veredas do deserto,
Guia, os Reis Magos, a estrela,
que, da Terra, brilha tão perto,
e ninguém possa esquecê-la.

Vergílio Alberto Vieira, 
Romanceiro de Natal

Eva Melhuish